Política

Onda de crimes mobiliza Câmara de Maricá

Vereador da base governista aposta em Central de Operações de Crise. Foto: Alex Oliveira

Os crimes que assolaram Maricá nos últimos meses podem resultar na criação de uma comissão especial e até um gabinete de crise para tratar da segurança pública da cidade. A proposta foi discutida na manhã desta segunda-feira (15), na Câmara Municipal.

De acordo com os vereadores, os crimes vem aumentando devido ao crescimento populacional na cidade. Os questionamentos sobre a falta de segurança foram reforçados após uma criança ter sido baleada na noite deste domingo (15), no conjunto Habitacional 'Minha Casa, Minha Vida', em Itaipuaçu, além de outros crimes recentes.

O líder do governo na Câmara, Fabrício Bittencourt (PTB), falou da possibilidade de uma Central de Operações de Crise.

"Irei levar ao prefeito Fabiano Horta uma Central de Operações de Crise, que atue com todas as forças, como Polícia Militar e Civil, além de bombeiros e Guarda Municipal" completou.

A sugestão de uma comissão especial para debater a segurança pública na cidade partiu do vereador Doutor Richard (PT).

"É necessário fazermos uma ação efetiva para tentar resolver o problema da segurança pública. Precisamos unir forças e criar uma comissão especial para debatermos a segurança pública da nossa cidade", disse.

Fabiano Novaes (DEM) questionou a falta de integração entre policiais do 12° Batalhão e o PROEIS que atendem a cidade.

"Maricá acaba tendo duas polícias, pois hoje o serviço do PROEIS e sexta companhia não falam a mesma língua, não atuam no mesmo rádio. Essa divisão atrapalha, se tiver sintonia, com certeza vai fluir melhor", contou.

Já o vereador Chiquinho (PP) sugeriu operações policiais nas principais entradas da cidade, para coibir o aumento da criminalidade.

"Não podemos deixar que Maricá sofra com a falta de segurança, precisamos que os principais acessos a cidade recebam blitz diariamente, fazendo com que os criminosos não ocupem e atuem aqui" disse.

Vereador de oposição, para Ricardinho Netuno a criação de mais uma companhia na cidade seria o ideal, diante da grande extensão territorial.

"Seria ótimo conseguirmos uma companhia independente, que atue em nossa cidade, um batalhão, mas caso não seja possível, vamos reivindicar para que a cidade tenha uma outra companhia, assim como acontece em Maricá. Se dividirmos conseguiríamos mais um reforço policial, não é o ideal mais é uma ideia" finalizou.

Dados do Instituto de Segurança Pública, mostram que entre janeiro e julho de 2019, em Maricá, aconteceram cerca de 37 homicídios, 17 tentativas de homicídio, além de 42 casos de letalidade violenta.

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